A osteotomia é um procedimento cirúrgico de preservação articular, que consiste em cortar e realinhar um osso para corrigir uma deformidade. O objetivo principal é alterar a distribuição de carga em uma articulação danificada, transferindo o peso do corpo para uma área mais saudável. Esta técnica é frequentemente utilizada no joelho para tratar o desgaste inicial da cartilagem.
A principal indicação para a osteotomia é a artrose unicompartimental em pacientes jovens e ativos, ou seja, o desgaste que afeta apenas um lado da articulação. A cirurgia é ideal para corrigir desalinhamentos, como o geno varo (“joelho de cowboy”) ou o geno valgo (“joelho em X”), que sobrecarregam uma parte específica do joelho, acelerando o seu desgaste.
Pacientes candidatos a este procedimento geralmente sentem dor localizada na parte interna ou externa do joelho, que piora com atividades de impacto ou ao ficar em pé por longos períodos. Essa dor ocorre porque o peso do corpo está concentrado na área onde a cartilagem já está danificada, causando atrito e inflamação.
O diagnóstico preciso é fundamental e começa com um exame físico detalhado. Exames de imagem, especialmente a radiografia panorâmica dos membros inferiores com carga, são essenciais para medir o eixo de alinhamento das pernas e calcular com exatidão o grau de correção necessário para que a cirurgia seja bem-sucedida.
Durante o procedimento, o cirurgião realiza um corte preciso no osso (geralmente na tíbia ou no fêmur, perto do joelho), cria uma cunha para realinhar o membro e fixa a nova posição com uma placa e parafusos. Com isso, a carga do corpo é desviada da área desgastada para a parte saudável da articulação, aliviando a dor.
A osteotomia é uma excelente opção para adiar ou até mesmo evitar a necessidade de uma prótese total de joelho em pacientes mais jovens, permitindo o retorno às atividades com alívio da dor. Se você tem dor no joelho associada a um desalinhamento, agende uma avaliação com o Dr. Alessandro Leite para determinar se este procedimento é o ideal para você.
Você deve procurar um ortopedista se sentir dores persistentes em articulações, ossos ou músculos que não melhoram com repouso, ou se sofreu uma lesão aguda (como uma entorse ou fratura). Dificuldade para realizar movimentos, inchaço, instabilidade articular ("falseios") ou deformidades visíveis também são sinais importantes para agendar uma avaliação especializada.
Não, muito pelo contrário. A grande maioria das condições ortopédicas é tratada com sucesso de forma conservadora. A primeira linha de tratamento quase sempre envolve métodos como fisioterapia, medicamentos, infiltrações e mudanças no estilo de vida. A cirurgia é recomendada apenas para casos específicos em que o tratamento conservador não foi eficaz ou para lesões estruturais graves que exigem reparo.
A fisioterapia é uma parte fundamental e indispensável do tratamento ortopédico, tanto nos casos conservadores quanto nos pós-cirúrgicos. Ela é essencial para restaurar a força muscular, recuperar a amplitude de movimento, corrigir desequilíbrios e garantir que você retorne às suas atividades diárias e esportivas com segurança e confiança, prevenindo novas lesões.
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